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#Conto: [+18] Loucura Azul


Loucura Azul

*Contém conteúdo adulto.



Não sei dizer se eram 1 ou 2 horas da manhã ou talvez até passasse disso. As muitas taças de vinho ainda rodeavam em minha cabeça me fazendo esquecer dos ponteiros. Eu sabia que o tempo estava frio porque enxergava nas vestes dos outros à minha volta. Ainda assim, as minhas mãos não paravam de suar. A escada de acesso não era nada além de um largo degrau de ferro me separando do palco. Esta barreira parecia ser imperceptível para as muitas pessoas que passavam às pressas carregando cabos e pedestais, mas para mim era pretexto para ansiedade. No meio da neblina das máquinas de fumaça e narguilé que me seguiram do “backstage”, eu pude enxergar um vulto familiar no meio da plateia. Merda, eu deveria ter bebido menos. Agora, na hora do show, que minha mente decidiria começar a querer me pregar peças? Fechei os olhos apertado. Tomei outro gole do copo já meio amassado em minha mão. Sequei o suor de qualquer jeito nos bolsos da calça. Me empurraram meu instrumento favorito. Segurei como um amuleto enquanto vencia o obstáculo do único degrau que me separava da minha responsabilidade. Sequei o copo, joguei de lado e continuei a caminhar para o centro do palco.


Começou.


Ali era meu mundo, era aquilo que eu tinha sido desenhado para fazer antes mesmo de eu me dar conta. Dessa forma, não foi tão difícil deixar qualquer outro pensamento deslizar para fora da minha cabeça e me entregar ao meu trabalho. Sim, trabalho. Meu microfone além de amuleto era minha metralhadora. Disparando ideias, medos e vontades. Muitos desses tiros acertavam a mim mesmo. Embora me fazer ouvir fosse tudo que eu mais tivesse desejado na vida ao mesmo tempo me trazia um peso que eu nunca quis ter. Música atrás de música corria pelo repertório da noite. De repente me peguei olhando para um lugar aleatório na plateia. Era como um imã. Lá estavam aquelas mechas de cabelo azul. Não, não era ela. Não podia ser ela. Alguém com a mesma cor de cabelo? Isso! Mas que porra essas mulheres achavam de tão divertido em fazer isso no cabelo? Elas devem se olhar no espelho e não enxergar a beleza do natural. Paciência, não era problema meu. Mais um gole de um novo copo e foco. Muitas daquelas rimas que eu cantava já nem faziam mais sentido para o meu eu do presente, mas eram filhos que eu criei e carregaria com a voz por muito tempo. Outras daquelas rimas eu nem sequer conseguia sentir, principalmente se falavam de amor. Parecia um retrato antigo de mim mesmo, porém mais doce. Era uma imagem que já tinha se distanciado com as decepções embora naquela noite em especial me fizessem questionar se era o caminho certo. Eu olhava para os rostos me encarando e passava de um por um apressado, como quem lê um texto apenas em busca do final que já conhece. Eu lia aquelas muitas pessoas querendo decodificar uma só. Com o tempo vi que era inevitável. Meus olhos sempre voltavam para o mesmo lugar onde tinha visto aquela menina de cabelos azuis que podia parecer, porém não era a minha. Ela havia chamado minha atenção e isso me incomodava. Não era algo que acontecesse quando estavam a sós eu e minha música e eu fazia questão que assim permanecesse. Era o que tinha me feito evoluir e era o que me levaria ainda mais longe: o topo. Mais uma vez fisgado olhei e ...ufa! Ela não estava mais lá. Ótimo, agora eu poderia me concentrar como sempre faço. Sabia que tudo não passava de alguns muitos copos e tragos a mais. Aquilo era um alívio, fiz questão de me convencer.


Terminou.


Minha garganta arranhava e eu só queria voltar para o camarim onde eu sabia que teria uma garrafa de whisky me esperando. Todo mundo estava lá, rindo, conversando. Alguns ainda desfrutando do ânimo do show se arriscavam em um “freestyle” sem compromisso. Outros se revezavam em volta da mesa de fumo, lugar onde normalmente eu estaria não fosse o fato de ainda estar aéreo. Os seguranças bateram na porta para avisar que tinha uma galera aguardando o “Meet & Greet” que no fundo todos sabiam ser uma desculpa para a tietagem liberada e a escolha das sortudas da noite para a festinha particular que sempre rolava depois. Todo show e o que vinha depois dele, era como se fosse um filme que já vimos várias vezes. Nada fazia ele se tornar menos interessante por isso. Se houvesse alguém para reclamar dessa rotina, esse alguém estaria longe de ser eu que era apenas grato por tudo. Pelo reconhecimento, pela possibilidade de viver do que eu amo e por que não? Pela atenção das mulheres também. Eu não era o único que sabia o script e logo meus brothers com aquele velho sorriso faceiro gritaram para liberar a entrada que não era de bom tom fazer os fãs esperarem. Eu já com meu copo abastecido sentei no sofá improvisado mais longe da porta, feliz por poder relaxar e ignorar a garganta incomodando por causa da minha teimosia em não seguir as orientações da fonoaudióloga e continuar fumando meus cigarros.


Entraram uma, duas, três e eu distraído acendendo uma ponta. Já que era para me sentir aéreo nada mais justo que dar mais altura ao voo. Como era o segundo show seguido em dois dias na mesma cidade a maioria daquelas meninas já eram conhecidas. Inclusive a loirinha serelepe que entrou saltitando na minha direção. A mesma loirinha que na noite anterior tinha me pedido para autografar seu peito no banco de trás de um Uber em direção ao “after party”. E a mesma que, de tão agradecida, fez questão de me pagar um boquete durante o resto do caminho. Amanda (vou chama-la assim porque no fundo não lembro seu nome) chegou já sentando do meu lado no sofá. Eu passei o braço ao redor de seu pescoço como uma forma de olá. Ela disparou meia dúzia de elogios. Eu só ouvia por alto acenando com a cabeça, concentrado em trabalhar aquela ponta. Olho de volta para a porta. A passos curtos e lentos vem entrando a última menina. Primeiro notei seus sapatos. Não que eles fossem os mais extravagantes, mas eram tão claros quanto sua pele e feitos de um material que me remetia `as rolhas de garrafas de vinho que eu guardava em um vidro como uma espécie de troféu em meu apartamento. No levantar dos olhos me deparei com aquele azul royal ondulado. E dessa vez não havia dúvida.


Foi como se a sala tivesse sido despressurizada. Ela se aproximava ensaiando uma timidez que eu sabia que ela não tinha. Vestia calças pretas ajustadas ao quadril e uma blusa de tecido rendado que cobria seus braços e seu pescoço. O tecido deixava pequenas aberturas na trama onde se podia enxergar um pouco de pele e a silhueta de seu sutiã, também preto. Se via apenas o suficiente para se imaginar o resto escondido por trás dos brocados de renda da blusa. Ainda assim, o que mais chamava atenção era seu rosto e sua presença em si. Não só a minha, mas como a atenção dos outros caras na sala também. Eu esperava que eles apenas estivessem se perguntando sobre aquele rosto desconhecido, ou sobre aquela cor de cabelo questionável, mas eu sabia que no fundo eles estavam enxergando o mesmo que eu enxergava nela. Depois do que me pareceu meia hora e que na realidade não deve ter passado de 10 segundos, eu levantei do sofá em um pulo tentando me convencer daquela miragem. Estava me perguntando se talvez o que eu havia acabado de fumar fosse algo além de maconha, para me fazer viajar tão longe na minha própria mente. A certeza veio em forma de um “Oi” e um sorriso sincero que ela mostrou ao parar em minha frente. Nessa hora, todos já me olhavam em tom de riso, sem entender minha reação. Eu devia estar com a cara de mais babaca do mundo, mas aquele era o último rosto que eu esperava ver na vida. Ela mais que depressa no intuito de cortar aquele clima estranho se adiantou.


– Oi, gente. Eu sei que o Cauã não tem educação para apresentar as pessoas, mas meu nome é Alicia. – Disse ela.

– Um tempão sem me ver e a primeira coisa que você diz tinha que ser me zoando, ne? Marrenta como sempre.


Ela somente sorriu de novo e me abraçou. Eu não me lembrava dela ter me abraçado alguma vez na vida. Ou talvez eu nunca tenha dado a atenção devida aos abraços amigáveis que possam ter existido no passado. Sei que esse definitivamente era um abraço. E não era amigável. Ao menos não na minha cabeça que não parava de pensar naquele par de peitos presos naquele sutiã, camuflado pela renda, que pressionavam contra o meu próprio peito. Aliás eles pareciam maiores que minha lembrança era capaz de recobrar. Pensando bem eu não a via há 2 anos, tanta coisa deve ter mudado nesse tempo.


Eu corri para oferecer uma bebida, um tira gosto, um fumo, qualquer coisa ao meu redor. Queria que ela se sentisse confortável e tivesse um bom momento comigo. Sabe-se lá quando eu poderia ter a mesma oportunidade de novo. Conversamos amenidades. Eu, ela e meus amigos. Todos pareciam tão curiosos sobre ela quanto eu. A única que não parecia nem um pouco entusiasmada era Amanda, que se resguardou a encarar seu telefone e fazer cara de poucos amigos. Provavelmente na esperança que eu notasse seu incômodo e a tirasse dali. O que simplesmente não aconteceria. Não hoje. Não ali. Não com Ela ali. Eu não fiquei esse tempo todo longe, me saciando da minha própria imaginação, para trocar meu tempo com ela por mais uma noite de sexo ao acaso com uma das centenas de garotas que eu sabia que poderia ter a qualquer hora. Não. Nem fudendo.


Aos poucos a noite e as garrafas foram passando e eu fui me acostumando com a ideia de tê-la ali. E ficando empolgado também. As perguntas de como a gente se conhecia que vieram de toda parte foram todas respondidas por ela, com uma naturalidade que eu invejei. A galera animada já se aprontava para o próximo destino, que seria uma boate a poucos minutos dali. Amanda também, pois logo se levantou com seu vestido curto de bandagem vermelha e saltos pontudos, finalmente guardando o celular e eu ali no meio sem saber como proceder naquela famosa sinuca de bico. Não queria chatear ninguém, muito menos Alicia. Precisava que Amanda realizasse que o momento tinha passado e não encarasse aquilo como uma disputa, porque ela sem dúvidas perderia sem pensar nem duas vezes. Minha curiosidade não daria brecha para ela tendo aquele ser, que por tanto tempo morou nos meus pensamentos e sonhos sexuais, bem ali na minha frente.


A verdade era que eu não queria ir para festa alguma. Só queria levar Alicia para o meu quarto e finalmente tirar da minha cabeça os pensamentos sórdidos e colocar em prática, mas eu não queria que ela se assustasse. Não que eu achasse que isso fosse acontecer, mas qualquer coisa que pudesse me atrapalhar de chegar no meu objetivo com ela era abominável naquele momento. Além disso, ela parecia animada de conhecer meus amigos e a cidade. Era sua primeira vez em Goiânia, como ela mesma disse. Fomos todos caminhando para a saída e Alicia se lembrou de ter esquecido sua jaqueta no camarim e disse que voltaria logo. Foi a minha deixa para despachar Amanda com o resto do grupo na frente enquanto eu voltava para ajudar. Ela claramente entendeu qual era minha real intenção, mas se contentou em apenas revirar os olhos para mim e se apressar em seguir os outros caras em direção ao carro. No fundo, desde que estivesse ao lado de alguém que ela considerasse famoso, para ela não faria tanta diferença o indivíduo em si, todos sabiam disso.


Corri de volta para o camarim e alcancei Alicia no corredor. Ela escutou os passos e se virou curiosa. Não esperei nem um minuto e nem uma palavra a mais. Apenas a encostei na parede com toda a urgência do mundo e a beijei. Foi um beijo forte e caloroso, ousado e entregue. Ela tinha um rugido no beijo que eu mesmo sem ter provado antes e sem ter a certeza de como seria, não esperava menos do que o que me foi entregue.


– Eu esperei muito tempo por isso.

– Eu sei. – Ela sorriu em resposta.

– O que você está fazendo aqui, sua maluca? Como você sabia onde me encontrar? Como não me avisa nada disso? Eu poderia ter planejado alguma coisa melhor em vez de te encontrar nessa situação.

– E perder a sua expressão de surpresa? Jamais! Não é tão difícil te achar, basta seguir sua agenda de shows. E para entrar no camarim eu só precisei falar com seu produtor.

– Ainda não acredito que você está aqui. Quando você chegou?

– Ontem à noite... Escuta, a gente não tinha uma festa para ir?

– A gente não vai para festa nenhuma. Você vai para a minha casa comigo!

– Já estamos nesse nível onde você acha que manda em mim?

– Não é questão de mandar, eu só tenho certeza que você quer isso tanto quanto eu.

Ela me olhou com um sorriso safado e sua forma de assentir foi me dar um beijo rápido e uma mordida no queixo.

– Vai logo buscar sua jaqueta para a gente ir.

– Que jaqueta? Eu inventei porque sabia que você viria atrás de mim.


Chegando no apartamento me lembrei da cama desforrada e das várias garrafas de vinho que eu havia deixado por toda parte. Me arrependi de não ter arrumado as coisas antes de sair, ainda que não soubesse o que me aguardava. Ela por outro lado não pareceu nem um pouco incomodada. Ao invés disso agarrou a garrafa de vinho tinto mais próxima com uma das mãos e com a outra se descalçou. Seus sapatos agora mais que nunca me remetiam a rolhas. Ela se ocupou em procurar taças na cozinha. Enquanto isso corri para jogar um lençol limpo no colchão e esconder o antigo no armário. Sabe-se lá o que daria para encontrar naquele lençol, melhor não arriscar.


Voltei para a sala e ela veio caminhando em minha direção me estendendo uma das taças que ela havia achado na cozinha. Encheu minha taça até a metade bem como a sua própria e brindou comigo bradando “Cheers! ”. Ela podia estar de volta ao Brasil mas ainda carregava o hábito de trocar vocabulário, o que me incomodaria em qualquer outra pessoa. Dei um gole no vinho para não fazer desfeita, mas a minha sede na realidade era outra. Olhei para ela por cima da borda do copo analisando cada detalhe.


– O que foi? – Ela me perguntou com um risinho abafado.

– Eu quero você.


O sorriso foi embora de seu rosto e este foi substituído por um olhar penetrante que só ela tinha. Mesmo com a distância eu ainda reconhecia aqueles olhos muito bem. As fotos que me enviava, ainda que virtualmente, sempre me devoravam. Não esperei nenhuma resposta. Não precisava de uma, na realidade. Apenas me encarreguei de tirar os copos de lado. E a beijar em silêncio. Senti suas mãos me puxando para mais perto. Obedeci. De repente o ambiente tinha aumentado de temperatura consideravelmente. Eu podia sentir o coração dela disparar através dos seios esmagados em mim com força. Entre um suspiro e outro a fui conduzindo para o quarto. A sentei no meu colo na cama sem descolar meus lábios dos dela, queria fazer valer cada segundo daqueles beijos que antes tão inalcançáveis, agora me engoliam. Ela desceu do meu colo e deu uns passos para trás enquanto virava de costas. Abaixou vagarosamente as calças pretas que apresentaram uma leve e sensual resistência ao passar nos quadris, largos o suficiente para lhe dar uma silhueta feminina que nenhum homem resiste. A calça revelou uma bundinha que era tudo que uma bunda deveria ser, sexy, firme e carnuda. Todo o resto era bobagem de se ater. Devagar ela subiu a blusa deslizando pelos cabelos azuis que caíram em pêndulo ao se livrarem do tecido. Ainda de costas com apenas uma das mãos e uma destreza que eu nunca teria, não importa quantos sutiãs abrisse em minha vida, ela se desvencilhou de sua parte de cima enquanto escondia os seios com a mão que havia deixado livre. Olhou para trás procurando o meu olhar e se satisfez ao notar que ele estava sobre ela. Virou-se de frente novamente, ainda segurando os seios e só os soltou para tirar a minha camisa lentamente. Subiu novamente em mim e fazendo como quem ia me beijar nos lábios, desviou para o meu pescoço onde se demorou um pouco antes de traçar um caminho reto descendente, enquanto me deitava na cama. Ela desceu e foi em direção ao meu pau que a essa hora já latejava do simples vislumbre de ter aquela boca o tocando. Não demorou muito para que isso se tornasse realidade também e quando menos esperava já podia sentir sua língua circulando minha cabeça despretensiosamente. Ela calmamente o segurou com a mão delicada e pequena que cobria apenas metade do todo. Após deslizar algumas vezes estacionou na base. Em uma só investida eu já podia beija-la outra vez, só que de uma forma diferente. Ela nem precisaria entender de música para se notar que dominava os ritmos. Eu quis gozar inúmeras vezes, porém não ia parar antes de sentir ela de bem mais perto. Em um só movimento a puxei de cima de mim, trocando de posição e a prensei na cama. Finalmente eu poderia tirar a prova real se seus peitos haviam mesmo crescido nesse tempo que passou. Explorei o máximo que eu pude com minha boca em torno daqueles mamilos. Para minha surpresa haviam brincos em ambos, o que fez atiçar ainda mais meus sentidos. Me livrei da bermuda e me dei ao luxo de observar seu corpo ali na minha cama mais uma vez, antes de tirar sua calcinha com delicadeza e sem pressa como quem deixa para a última garfada o pedaço mais gostoso. Eu pediria para me beliscarem se o latejar do meu pau não fosse prova o suficiente de que tudo aquilo era real. Putz, mesmo pensando em sexo eu ainda era capaz de rimar. Deslizei meu pau pela entrada de sua buceta em forma de ameaça, o que pareceu surtir efeito pois ela soltou um gemido alto.


– Não brinca assim... – Suplicou.


Ouvir sua voz em tom de sussurro me deixou mais louco ainda e sem mais demora enfiei de uma vez meu pau pela entrada de sua buceta até o fundo. Senti ela travar levemente então comecei a me movimentar lentamente até que ela se acostumasse em me ter ali dentro. Me movimentava em um vai e vem bem gostoso, primeiro mais lentamente e fazendo com que ela já gemesse mais alto, pedindo mais e mais, agindo por puro instinto e tesão. Eu metia com força, mamava e apertada aqueles seus peitos gostosos, segurava-lhe pelo pescoço e a cada momento procurava meter cada vez mais forte.

A vontade de gozar veio chegando conforme o ritmo aumentava como uma ponte antes do refrão da música. Foi quando decidi trocar de posição.


– Eu quero você de quatro, agora.


Ela nem precisava se dar ao trabalho de responder com palavras, o brilho do olho e o sorriso safado já era confirmação suficiente de que era isso que ela queria escutar. Ajudei ela a se virar e a coloquei bem na minha frente com aquela bundinha faceira me encarando. Minha atenção só se desviou da bunda dela para reparar naquele leão que ela tinha no lado direito das costas, que me encarava como se a protegesse. Eu não lembrava se ela já tinha essa tatuagem quando a conheci mas conseguia claramente enxergar a relação com sua personalidade. Ela era assim, ao mesmo tempo que altiva como quem não liga para nada podia virar uma fera de uma hora para a outra, marrenta como só ela. Essa marra toda agora não parecia existir. Quanto mais eu tomava o controle da situação mais ela parecia gostar. Dei umas batidas com meu pau naquela bunda branquinha e ela me olhou de canto de olho.


– Você tem uma bunda muito gostosa, puta merda.

– Então me come, vai...


Agarrei o quadril dela com as duas mãos e sem dó comecei a estocar com toda força. Passei a mão dos quadris direto para o cabelo dela. Puxei com força aqueles fios azuis e quanto mais puxava mais alto ela gemia.


– Puta que pariu, eu vou gozar. Não para...


Eu mesmo já não via a hora de gozar naquela bundinha toda, mas não ia perder a oportunidade de ouvir ela gozar para mim. Aumentei a intensidade e dei meu máximo até a sentir gozando bem gostoso. Senti ela prender a respiração e seu corpo inteiro tremer. Ela foi tomada por uma onda de espasmos que eu conseguia sentir por fora e por dentro dela também. Aquilo foi a minha deixa para tirar meu pau de dentro dela, já conseguia senti o gozo subindo rápido e despejei tudo em sua bunda que agora era mesclada de branco e um tom rosado dos tapas que eu tinha desferido.


Ela continuou deitada de costas enquanto eu fui buscar algo para ajudar a limpa-la. Enquanto passava a toalha em seu corpo nu só conseguia pensar que aquilo finalmente tinha acontecido e no quanto eu poderia repetir tudo aquilo sem me entediar. Deitei do lado dela me recuperando do coração ainda acelerado. Sentia ela me observar.


– Acredita que tudo isso é verdade? Que a gente está aqui na mesma cama?

– Quantas vezes eu imaginei esse dia e em nada se compara `a realidade.

– Eu sei, que estranho. Mas no bom sentido.

– Eu poderia repetir isso todo dia sem problemas.

– Não, você enjoaria de mim.

– Depende de você não me deixar enjoar. Acho muito difícil.


Caí no sono imediatamente. Aquela rotina de show por si só já era cansativa, transar daquele jeito então nem se fala.


A próxima coisa que me lembro foi sentir algo molhado lá embaixo. Não sabia se estava sonhando ou acordado. Ela então começou a lamber a cabecinha do meu pau bem cuidadosamente atenta a cada detalhe. Quem diria que a menina que eu conheci se tornaria aquela devassa me pagando um boquete gostoso. Ela me chupava de maneira lenta e meticulosa, indo bem fundo até engasgar no meu pau e voltar. Enquanto isso eu fui despertando. Sentia a boca dela diminuir em torno de mim. A puxei para cima e apoiei na cama em minha frente. Era a minha vez de a beijar. Comecei pelo pescoço. Ela estava toda arrepiada. Dei leves mordidas no ombro enquanto descia a mão e contornava o cós de sua calcinha. A puxei pela cintura para ficar bem colada em mim. Deslizei a mão por dentro da calcinha bem devagar. Não tive dificuldade de achar seu clitóris e a certeza disso foram os suspiros sexys que arranquei dela. Ela mexia a bunda ao mesmo tempo para se ajeitar e para encaixar melhor em mim. Eu me mexia junto com ela. Parei os movimentos da minha mão na buceta dela só para me livrar da calcinha que ela teimou em colocar de volta depois da noite anterior mesmo sabendo que eu arrancaria de novo. Voltei meu dedo para o lugar de origem e fui seguindo as pistas molhadas que ela me deixava para encontrar o caminho até dentro dela. Agora eu sentia todo o calor de seu corpo em mim e continuei a ensaiar os movimentos com meu pau em sua bunda enquanto ritmava meus dedos dentro dela.


– Que gostoso. Rebola mais um pouco para mim. – Soltei respirando forte em seu ouvido.


Levantei um pouco mais sua perna, sentia ela molhada e me certificava de que ela conseguia me sentir duro. Tirei meu dedo de dentro dela e coloquei em sua boca para que ela experimentasse seu próprio gosto, ela pareceu gostar. Desci meus dedos novamente e fui esfregando de leve, a sentindo quente, molhada, rebolando a bunda em mim e me pedindo mais. Ela veio com a mão para trás e apertou forte o meu pau. Passou o polegar na cabeça, sentiu molhado e começou a esfregar na sua bunda. A gente nem precisava falar, era tudo por telepatia, por pele. Entendi que ela queria espaço e tirei meu dedo de dentro dela enquanto ela com a mão guiava meu pau para substituir. Deslizei quente para dentro dela, a abrindo mais e sentindo aquele arrepio forte subir pelo corpo dela. A cada novo arrepio ela se contraía e eu sentia a forma como a sua buceta apertava o meu pau e eu gostava daquilo. Ela me escutou gemer e rebolava mais ainda. Eu fui entrando e saindo cada vez mais forte e a trazendo junto, apertando seus peitos. Queria botar eles na minha boca cheia d’água e mexer com a língua ao redor dos mamilos para sentir eles bem duros. A virei de frente para mim e subi em cima dela. Lambi, deixei seus bicos bem molhados da minha boca. Chupei seu peitos enquanto olhava nos seus olhos, para ver sua cara de tesão. Ela me encarou, mas não aguentou, fechou os olhos, ouvindo o barulho da minha boca molhada sugando seu bico do peito. Apertei forte sua bunda, com a ponta dos dedos. Abri suas pernas mais um pouco e sem aviso entrei de uma só vez. Ela urrou. Pude sentir minhas unhas fincadas na pele dela que cheia de tesão rebolava mais, sempre com meu pau enfiado bem fundo. Fui acelerando, tirando e enfiando e a medida que aumentava o ritmo ela me pedia mais. A segurei pelo pescoço e ela se movia em sincronia comigo. Era como se tivesse tido a vida inteira para ensaiar aquele ato. O que se podia ouvir eram suspiros pesados, o som do meu saco a martelando e seus gemidos chamando meu nome – e que voz gostosa ela tinha. As experiencias sexuais com ela até então poderiam ser poucas, mas eu já conhecia seu corpo e pude ler seus tremores e respiração suspensa denunciando o orgasmo que estava chegando. Era o sinal verde para que eu pudesse explodir junto com ela o que aconteceu logo em seguida em uma onda de choque que subiu até a minha mente.


Foi inevitável cair no sono de novo. Durante o sono meus sonhos eram lembranças do que eu tinha acabado de viver só que com uma pitada de música e surrealismo. Acordei com o barulho da chuva e vento castigando a janela, meio grogue ainda. Olhei para o lado e não a achei. Levantei coçando os olhos e entrei no banheiro. Ela também não estava lá. Lavei o rosto, vesti um roupão e caminhei para a sala ainda a procurando. Será que ela tinha ido embora sem dizer nada? Será que ela na verdade nunca estivera ali e eu fabriquei aquilo tudo? A sala parecia intacta, não que isso significasse arrumada e sim que nada parecia sugerir que a noite anterior tivesse acontecido. Voltei para o quarto e as únicas roupas que encontrei foram as minhas próprias ao pé da cama. Sentei na cama me perguntando que porra estava acontecendo. Ela era muito louca mesmo de ter ido embora do nada e tirar de mim a chance de degustar mais daquela sorte de tê-la em minha cama. Eu fiquei puto. A garganta já arranhava novamente. Malditos cigarros. Fui até a cozinha e abri a geladeira. A garrafa de água eu bebi no gargalo mesmo, uma das pequenas vantagens de viver sozinho. De relance vi um envelope de carta em cima do balcão. Era um envelope do banco, mas o que me chamou atenção mesmo foram as letras rabiscadas no que era o verso do mesmo. Uma letra redonda e desenhada me dizendo:


“Você ainda não está livre de mim. Fui buscar comida e estou voltando. Espero que esteja com apetite para massa, um Merlot e para mim. Alicia”


Hoje não tinha nada, nem aquela chuva, que estragaria meu dia.

 

Patrícia Miranda, 26 anos, nascida em São Paulo, criada no Rio de Janeiro e apaixonada por Boston - Massachussets onde mora desde 2015. Crescendo sempre escreveu poesias sendo seus escritores favoritos Alvares de Azevedo e Machado de Assis. Já na vida adulta passou a se aventurar escrevendo Contos sempre baseados em mulheres adultas independentes e seguras de si como forma de representação de sua luta pessoal diária vivendo longe de família e amigos em um pais ate então desconhecido.

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Camila

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